Pela hora da morte! Alimentos apresentam alta de até 80% nos supermercados
Cesta básica tem inflação de 5,4%
Alimentos apresentam alta de até 80% nos supermercados
O café segue como o produto da cesta básica com maior inflação, assim como ocorreu no quarto trimestre de 2021. Em janeiro, o preço quase dobrou, na comparação com o mesmo mês do ano passado, com uma disparada de 80,8%. Ao todo, a cesta básica apresentou variação de 5,4% em seu preço no mês, segundo dados obtidos a partir de um levantamento da Profit+, especializada em soluções de pricing. Além do café moído 500g, que era comercializado por uma média de R$ 8,71 e passou para R$ 15,75, outros dois produtos aparecem em evidência devido ao aumento de preços. O primeiro é o tomate, com variação de 62,8%, de R$ 4,87 para R$ 7,92 o kg. Em seguida, está o açúcar cristal e refinado 1kg, que teve alta de 50,4%, passando de R$ 2,95 para R$ 4,44.
Aumentos em mais sete produtos
O levantamento é composto por 14 itens, que, considerando uma unidade ou 1kg de cada (para pães, carnes, frutas e legumes), totalizam R$ 170,36, contra R$ 161,60 em janeiro de 2021. Dentre os demais produtos que subiram de preço, estão: farinha de trigo (20,4%), banana (14,8%), pão francês (12,8%), manteiga (7,6%), óleo de soja (6,1%), carne bovina traseira (4,2%) e carne bovina dianteira (1,1%). Outros quatro itens apresentaram deflação: feijão (-2,1%), leite longa vida (-15,8%), arroz (-24,2%) e batata (-24,8%). Em 2021, a cesta básica fechou o quarto trimestre com aumento de 7,5% nos supermercados, ainda de acordo com dados da Profit+.
Salário mínimo
Em janeiro, o valor da cesta básica aumentou em 16 das 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na comparação anual, as maiores variações foram identificadas em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%). São Paulo registrou a cesta mais cara, no valor de R$ 713,86. Em seguida, estão as cidades de Florianópolis (R$ 695,59) e Rio de Janeiro (R$ 692,83). Já o custo mais barato foi observado em Aracaju, com R$ 507,82. De acordo com cálculos do Dieese, o salário mínimo para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 5.997,14, o que equivale a 4,95 vezes o valor vigente, de R$ 1.212.
O sul de Minas segue quase invariavelmente os preços gerais de São Paulo e Rio de Janeiro, apenas o preço da carne bovina fica em patamar com pequena redução.