Em Poços de Caldas, Yoorin investe 150 mihões para expandir produção de fertilizantes de rocha potássica

Em meio à crise global na oferta de fertilizantes com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a Mineração Curimbaba está apostando alto na rocha potássica do planalto de Poços de Caldas (MG). A holding familiar brasileira com 60 anos de mercado acredita que as jazidas nacionais podem reduzir substancialmente a dependência das importações

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Em comunicado, a holding afirma que a rocha da região sul mineira é uma alternativa viável para o setor, e que Yoorin Fertilizantes, empresa do grupo que atua na produção de fertilizantes há 50 anos, possui jazidas próprias estimadas em mais de 34 bilhões de toneladas de potássicos naturais no Sul de Minas Gerais. As perfurações alcançaram 100 metros de profundidade.

“Considerando que essas perfurações não alcançaram o final da jazida, nos próximos meses serão realizadas novas análises, com furos de até 150 metros”, informou a Curimbaba.

Atualmente, segundo a empresa, a capacidade produtiva da Yoorin Fertilizantes para produção das rochas potássicas é de 600 mil toneladas ao ano. A empresa está investindo mais de R$ 150 milhões para ampliar sua fábrica, visando ultrapassar a marca de 1 milhão de toneladas anuais dentro de três anos.

O trabalho é coordenado por Lúcio Rampazzo e Mário Uchoa, os dois geólogos da empresa, com mais de 50 anos de experiência na região.

Yoorin

“A Yoorin Fertilizantes foi a primeira empresa brasileira a iniciar pesquisas sobre o potássio mineral como fonte de fertilizantes no país”, explica o presidente do grupo, Sebastião Curimbaba – que, além de empresário, é agricultor e produtor de milho e café, entre outras culturas.

Ele utiliza os produtos da Yoorin há mais de dez anos em sua fazenda, que atualmente produz, em média, 32 sacos/hectare de café. E é um dos maiores produtores de café gourmet, dentre os 17 mil associados, na Divisão de Cafés Especiais da Cooxupé. Para ele, essas jazidas abrem a possibilidade de os produtores nacionais deixarem de lado o cloreto de potássio, como ele mesmo já fez com sua própria produção de café.“Nós possuímos uma fonte sustentável de potássio, que é uma alternativa viável para substituir o cloreto de potássio no Brasil. Os fertilizantes sustentáveis, que equilibram o solo e agem de forma balanceada com os micro-organismos, são o futuro da agricultura brasileira”, defende Curimbaba.