Com o turismo em alta, Sul de Minas ganha Regional da Frente da Gastronomia Mineira
Regional Sul da Frente da Gastronomia Mineira será referência para articular as cidades da região a fim de fortalecer o setor turístico-gastronômico sob a coordenação de Ricardo Fonseca Oliveira – Secretário de Turismo de Poços de Caldas e
Presidente do CT Caminhos Gerais – com a colaboração do gestor do Caminhos Gerais, Rafael Huhn
A comida mineira é reconhecida e famosa nos quatro cantos do país. Pratos que encantam os mineiros e turistas de todos os lugares. É até comum se dizer por aqui que os pratos típicos e doces caseiros variados – para ninguém botar defeito – são de ‘’comer rezando”.
A fama da culinária mineira é tão boa que provar as delícias daqui é item imprescindível na lista dos turistas. E se tem algo que mineiro valoriza é fartura, comer bem e comer muito. E para atuar no fomento, desenvolvimento, valorização e guarda da gastronomia de Minas Gerais, o Sul de Minas passou a contar com uma regional da Frente da Gastronomia Mineira.
Poços de Caldas, considerada nacionalmente como um dos principais destinos turísticos do Sul de Minas, sediará o primeiro Encontro da Frente Nacional da Gastronomia Mineira para o lançamento da regional Sul da FGM no dia 28 de abril, com início as 9h, no espaço da Urca em Poços de Caldas. Além da posse dos coordenadores regionais, o evento contará com troca de informações e experiências como palestras de valorização da cozinha como patrimônio cultural, doçaria mineira e apresentação de cidades e iguarias.
A coordenação da regional ficará a cargo do Circuito Turístico Caminhos Gerais, entidade presidida pelo secretário de Turismo de Poços de Caldas, Ricardo Oliveira, que tem como gestor o turismólogo Rafael Huhn.
“É um território do estado que realmente tem uma grande riqueza de produtos diferenciados, como queijos, vinhos, azeites e tantos outros ícones da gastronomia mineira”, considera Edson Puiat, o coordenador da Frente da Gastronomia Mineira, ao lembrar que a região é fundamental para fortalecer o elo do movimento, que busca preservar e difundir a cultura alimentar mineira.
O secretário de Turismo de Poços de Caldas, Ricardo Oliveira, lembra que há nesse momento um grande esforço no estado para fomentar o setor gastronômico e difundir a cultura mineira. “Nós estamos falando do ano da mineiridade, do ano da cozinha mineira. É uma grande honra para nós poder contribuir para que essa cultura gastronômica seja referenciada no Sul. Vamos trabalhar para que cada vez mais possamos fomentar não somente a nossa região, do Circuito Turístico Caminhos Gerais, mas toda a região do Sul de Minas”, pontua.
A Regional Sul da Frente da Gastronomia Mineira se torna, agora, uma referência para articular as cidades da região a fim de fortalecer o setor gastronômico. A ideia é desenvolver ações conjuntas de salvaguardas, difusão e potencialização do segmento, explica o gestor do Caminhos Gerais, Rafael Huhn. “É uma grande conquista para o Sul de Minas, ainda mais no ano em que a cozinha mineira vai virar patrimônio cultural do estado”, conclui.
Vale lembrar que o turismólogo Rafael Huhn protagonizou em 2.010 – com o auxilio do entrão presidente do Circuito Serras Verdes, Gustavo Arrais – o projeto de tombamento do delicioso pastel de farinha de milho de Pouso Alegre, tornando a iguaria patrimônio imaterial e cultural de Pouso Alegre.
Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, que trabalha pra que a Cozinha Mineira seja registrada como patrimônio cultural nacional até o final deste ano, “a cozinha é a alma de Minas Gerais, e vai além da sua crescente representatividade no Turismo e na Cultura do estado: a Cozinha Mineira gera milhares de empregos diretos e é responsável por 30% da vinda de visitantes ao estado, o que faz a economia girar nos diversos territórios mineiros”.
Café coado na hora, queijo curado na mesa, um tabuleiro de broa de fubá e pão de queijo saindo do forno. Para o almoço, costelinha com ora-pro-nobis, angu, tutu de feijão, couve refogada e canjiquinha no fogão a lenha – estas delícias são apenas alguns dos elementos que traduzem, com propriedade, a gastronomia mineira. As diversas possibilidades das “cozinhas de Minas” conseguem representar, ao mesmo tempo, a rica história do estado e suas potencialidades no turismo gastronômico e na indústria criativa.