Parque Tecnológico Aberto de Santa Rita do Sapucaí aguarda a formatação de política pública específica

Projeto está em desenvolvimento no  Vale da Eletrônica desde 2015

Em desenvolvimento desde 2015, quando o Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica – Sindvel – solicitou ao governo do Estado de Minas Gerais o reconhecimento de Santa Rita do Sapucaí como um Parque Tecnológico Aberto, o projeto aguarda a construção de uma política pública específica.

Em 2021, com apoio do governo estadual, foi realizado um Estudo de Viabilidade Técnica, Comercial, Financeira e de Impacto Social e Ambiental para implantação de parques tecnológicos em Minas Gerais (EVETCIAS), resultando na aprovação do pleito de Santa Rita do Sapucaí, com o efetivo reconhecimento e entrega, pelo governador Romeu Zema (Novo), do Certificado de Reconhecimento do Parque Tecnológico do Município de Santa Rita do Sapucaí.

O projeto inclui o município no Programa de Implantação e Consolidação de Parques e Polos Tecnológicos em Minas Gerais (Proparque). De acordo com o presidente do Sindvel, Roberto de Souza Pinto, o Parque é uma figura jurídica que não se sobrepõe ao Arranjo Produtivo Local (APL) e que facilita o acesso das empresas do polo e instituições às linhas de fomento essenciais para os investimentos contínuos em inovação, pesquisa, produção e desenvolvimento.

“Ainda não existe uma política pública de parque tecnológico em Minas. Então, na constituição dessa política, o governo vai considerar também o parque aberto para qualquer outra região do Estado que tenha ambiente aberto, independentemente do setor. Com relação especificamente ao parque tecnológico do Município de Santa Rita, a partir do momento que o governo nos vê como um parque tecnológico aberto, nos organizamos e construímos a nossa personalidade jurídica. Estamos regulares para Minas Gerais, para o Brasil e para o mundo, podendo criar alianças, parcerias e tudo mais”, explica Souza Pinto.

Para cumprir sua missão, o Parque está de portas abertas para alavancar a capacidade de inovação das empresas por meio da interação com órgãos governamentais e instituições de pesquisa e desenvolvimento dentro e fora do Brasil. Os contatos com outros parques tecnológicos na Ásia, Europa e Estados Unidos já foram iniciados.

Ao mesmo tempo, em parceria com o Sebrae, está em desenvolvimento o planejamento estratégico para o Parque, já alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“Nossa governança já está alinhada com os ODS. Temos responsabilidades como cadeia produtiva, cobrando e auxiliando uns aos outros. Isso traz ganhos para as empresas, para os produtos e para os consumidores. Se eu estou dentro do negócio, tenho responsabilidades e devo responsabilizar meus parceiros. É claro que essa postura tem impacto econômico, mas é, também, determinante para que sigamos competitivos”, completa o presidente do Sindvel.

Com informações de Daniela Maciel. Fotos Sebrae e Leonardo Morais